Água


Olá Galerinha ;)

Visto a proposta de temas geradores relacionados a Educação Ambiental; nós, Vanessa Elisa Pinheiro e Fernanda Meneguzzo, desenvolvemos um seminário buscando explicar, trabalhar, estudar e relacionar nosso tema gerador com aspectos biológicos, através da leitura de diversos artigos científicos e de diversos documento que envolvessem nosso tema.
No nosso caso, o tema gerador proposto foi a ÁGUA, e a partir disto fizemos um trabalho bem interessante...
Segue abaixo todo nosso cronocrama, para que fique mais claro para vcs entenderem, e logo em seguida todos os nossos textos e apresentações:
Este trabalho, o seu início, desenvolvimento e conclusão foi propiciado por um leque de esforços, discussões e pesquisas desenvolvidas acerca do tema gerador “Água”, proposto na disciplina de Educação Ambiental.
            Num primeiro momento nos focamos na procura de notícias sobre acontecimentos recentes que envolviam o tema em revistas, jornais, internet e livros iniciando nossa hemeroteca que foi composta durante todo o semestre.
            Durante a maioria das aulas realizamos discussões sobre o desenvolvimento do projeto, esclarecimentos sobre o seu desenrolar e formas de apresentação, aprimorando sempre o seu conteúdo.
            Pesquisas sobre como o tema “água” estava relacionado com o conhecimento biológico foram feitas englobando sua distribuição no planeta, o consumo da água pelos seres vivos, sua importância no organismo, poluição, desperdício e qualidade da água que resultaram em um seminário (Prévia do Seminário) e um texto base para o desenvolvimento de nosso trabalho (TEMA GERADOR: ÁGUA).
            A partir desta prévia de seminário realizada ainda no meio da disciplina, elaboramos um trabalho final focando num problema ambiental local.
            O problema ambiental local encontrado e trabalhado durante nossa pesquisa foi o referente a poluição do Aqüífero Guarani por agrotóxicos aplicados na monocultura de cana-de-açúcar estabelecida na região de Ribeirão Preto. Para tal trabalho, elaboramos como guia de nossas pesquisas um primeiro texto: TEMA GERADOR: ÁGUA E PROBLEMAS AMBIENTAIS LOCAIS – AQUÍFERO GUARANI.
            Caminhando para o final do trabalho nos empenhamos em montar um texto (AQUÍFERO GUARANI – ENVENENANDO A FONTE) e um seminário (Seminário Final) com todas as informações referentes ao ciclo da água, como forma de envolver o conhecimento biológico e o Aquífero Guarani com efeito dos agrotóxicos, como problema ambiental local.
            E o conjunto total das atividades elaboradas veio compor o Portifólio apresentado. 
Este trabalho, o seu início, desenvolvimento e conclusão foi propiciado por um leque de esforços, discussões e pesquisas desenvolvidas acerca do tema gerador “Água”, proposto na disciplina de Educação Ambiental.
            Num primeiro momento nos focamos na procura de notícias sobre acontecimentos recentes que envolviam o tema em revistas, jornais, internet e livros iniciando nossa hemeroteca que foi composta durante todo o semestre.
            Durante a maioria das aulas realizamos discussões sobre o desenvolvimento do projeto, esclarecimentos sobre o seu desenrolar e formas de apresentação, aprimorando sempre o seu conteúdo.
            Pesquisas sobre como o tema “água” estava relacionado com o conhecimento biológico foram feitas englobando sua distribuição no planeta, o consumo da água pelos seres vivos, sua importância no organismo, poluição, desperdício e qualidade da água que resultaram em um seminário (Prévia do Seminário) e um texto base para o desenvolvimento de nosso trabalho(TEMA GERADOR: ÁGUA).
            A partir desta prévia de seminário realizada ainda no meio da disciplina, elaboramos um trabalho final focando num problema ambiental local.
            O problema ambiental local encontrado e trabalhado durante nossa pesquisa foi o referente a poluição do Aqüífero Guarani por agrotóxicos aplicados na monocultura de cana-de-açúcar estabelecida na região de Ribeirão Preto. Para tal trabalho, elaboramos como guia de nossas pesquisas um primeiro texto: TEMA GERADOR: ÁGUA E PROBLEMAS AMBIENTAIS LOCAIS – AQUÍFERO GUARANI.
            Caminhando para o final do trabalho nos empenhamos em montar um texto (AQUÍFERO GUARANI – ENVENENANDO A FONTE) e um seminário (Seminário Final) com todas as informações referentes ao ciclo da água, como forma de envolver o conhecimento biológico e o Aquífero Guarani com efeito dos agrotóxicos, como problema ambiental local.
            E o conjunto total das atividades elaboradas veio compor o Portifólio que estamos apresentando.


                                                               Fernanda M. Beneduzi
                                                                               Vanessa Elisa Pinheiro
                                                                                       

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

TEMA GERADOR: ÁGUA

         Tales de Mileto, o primeiro filósofo, da antiga Grécia do século VI a.C., afirmava que “TUDO É ÁGUA”. Assim, essa expressão por intermédio de longa tradição aristotélica, passou a ser considerada a primeira frase filosófica do Ocidente (Bruni, 1993).
         A interpretação da frase que se encontra nos livros de história da filosofia aponta para o contexto do surgimento de uma filosofia da natureza, sendo preocupação dos primeiros filósofos a determinação de uma substância material primordial, concebida como princípio, origem e matriz de todas as coisas. Para Tales, essa substância, seria a água, e todos os seres existentes seriam, essencialmente, produtos da transformação da água ou água transformada (Bruni, 1993).
         Sem discórdias do que já imaginava Tales de Mileto, hoje a ciência comprova que a água é a substância fundamental a vida de todos os organismos, e está presente em praticamente tudo que existe no planeta Terra (Bruni, 1993).
         No corpo dos seres humanos a água representa 60% do peso de um adulto. Nos bebês, a proporção é ainda maior: 70%. Ela é o elemento mais importante do corpo, o principal componente das células e um solvente biológico universal, por isso todas as nossas reações químicas internas dependem dela, assim como o transporte de alimentos, oxigênio e sais minerais. Além de estar presente em todas as secreções (como o suor e a lágrima), no plasma sanguíneo, nas articulações, nos sistemas respiratório, digestivo e nervoso, na urina, na pele, no sêmen, no útero materno (Bruni, 1993).        
         Um ser humano pode ficar semanas sem ingerir alimentos, mas passar de dois a três dias sem ingerir líquidos pode ser fatal, e ocorre óbito caso haja a perda de cerca de 20% de seu conteúdo normal de água (Pinsky, 2008). Assim especialistas recomendam que se beba no mínimo 2,5 litros por dia (Ferreira, 2008).
         O planeta Terra poderia se chamar "planeta água", já que cerca de 70% de sua superfície terrestre é constituído por água. Deste total 97% é água salgada, contida nos oceanos e mares. É importante ressaltar que apenas 0,77% dessa água é imediatamente aproveitável para as atividades humanas (a maior parte, águas subterrâneas). Cerca de 1,70% da água doce se encontra nas Calotas polares e nas geleiras e 0,017% distribuídas entre o solo, rios e lagos e na atmosfera (1).

       O Brasil detém 8% do potencial de água potável do mundo, sendo que 80% estão concentrados na Amazônia e 20% no restante do país (que concentra 95% da população) (1).
         Como já dito, a água é essencial a manutenção da vida terrestre, e com isso observou – se que as primeiras grandes civilizações surgiram nos vales de grandes rios ( devido a necessita dessa substância). A exemplo de civilizações temos: Egípcia no vale do Nilo, a Mesopotâmica no vale do Tigre-Eufrates, a civilização do Paquistão no vale do Indo, a chinesa no vale do Rio Amarelo. E todas essas civilizações construíram grandes sistemas de irrigação, que tornaram o solo produtivo e prosperaram. Mas desmoronaram quando o abastecimento de água se extinguiu ou foi mal aproveitado.
         Sobre o aproveitamento da água hoje, do total de água doce disponível, existem várias formas de consumo que utilizam esse solvente, dentre os principais: o consumo humano ou doméstico com 8%, o consumo agrícola com 69% e o consumo industrial que utiliza 23% do total (2).
         A água para consumo humano ou doméstico se utiliza na alimentação, o asseio pessoal e na limpeza da casa e dos utensílios ou roupas, na lavagem de automóveis e na irrigação de jardins. O consumo médio da água é mais ou menos de 120 litros diários por pessoa (2)
         Estima-se que a distribuição do consumo médio diário de água, porindivíduo, é aproximadamente a seguinte: 36% na descarga do banheiro; 31% em higiene corporal; 14% na lavagem de roupa; 8% na rega de jardins, lavagem de automóveis, limpeza de casa, atividades de diluição e outras; 7% na lavagem de utensílios de cozinha, e 4% para beber e alimentação (2).
         Preocupado com a qualidade da água utilizada na área doméstica principalmente, o governo criou a ANA (Agência Nacional de águas) através da lei 9.984 em 2000 que tem como objetivos Promover a elaboração de estudos para subsidiar a aplicação de recursos financeiros da União de obras de serviços; fiscalizar os usos de recursos hídricos nos corpos de água de domínio da União, conservar a qualidade e quantidade de recursos hídricos assim como organizar, implantar e gerir o Sistema de Informações sobre Recursos hídricos (3).
         A atividade agrícola é uma grande consumidora de água. Considera-se que no mundo se utilize quase 70% da água dos rios, lagos e aqüíferos, razão pela qual seu potencial desperdício é um dos mais graves. Além do que a irrigação excessiva leva à salinização dos solos, dificultando o processo de osmose dos vegetais na absorção de água e nutrientes (2).
         E a atividade industrial é uma grande consumidora, especialmente nos países desenvolvidos, onde chegam a utilizar entre a metade e 3/4 de toda a água extraída, em comparação com a média mundial que chega somente a 1/4 . Um exemplo de gasto de água na produção industrial é com o aço que gasta 300 toneladas de água para produzir 1 tonelada deste metal (2).
         Um exemplo que envolve o uso da água no âmbito industrial e agrícola é quanto a produção de açúcar através das cana-de-açúcar. Para a produção de uma tonelada de cana, consome-se 600 toneladas de água na irrigação IDEC (2007). São utilizados 500 litros de água por alqueire para a aplicação
de agrotóxicos (Gandolfo et al). E na produção de açúcar são precisos 500 litros de água para obtenção de 1kg de açúcar (IPEF,2003).
         A água presente nestes já citados exemplos, ainda é requisitada para outras atividades como a produção de energia renovável, através de usinas hidrelétricas.
         A energia hidrelétrica é a energia que vem do movimento das águas, usando o potencial hidráulico de um rio e os desníveis naturais (queda da água) ou artificiais. Essa energia é a segunda maior fonte de eletricidade do mundo (World Energy Council,1996). Constroem-se represas que reprimem o curso da água, fazendo com que ela se acumule em um reservatório denominado barragem . Essa energia no entanto apresenta certos problemas dentre os principais: alagamentos de grandes áreas, perda de biodiversidade animal e vegetal, liberação de CO2 devido a decomposição dos vegetais, piracema interrompida, etc.

        Até 1920, à exceção das secas do Nordeste, a água no Brasil não representou problemas ou limitações. A cultura da abundância atualmente prevalecente teve origem nesse período. Ao longo da década de 70 e mais acentuadamente na de 80, a sociedade começou a despertar para as ameaças a que estaria sujeita se não mudasse de comportamento quanto ao uso de seus recursos hídricos (Moraes, 2002).
         A poluição abrange vários processos alteradores da qualidade da água, como contaminações biológica e química, eutrofização e, para alguns autores, o assoreamento. Apesar de ser reconhecida a necessidade de manter pura a água que será utilizada pelas comunidades humanas, é bastante comum o lançamento de dejetos (residenciais, industriais) poluidores diretamente nos cursos de água.  Estima-se que 80% das moléstias e mais de um terço dos óbitos em países em desenvolvimento sejam causados pelo consumo de água contaminada (Moraes, 2002).
         Um dos efeitos do lançamento de esgoto doméstico e adubos químicos nos cursos hídricos é a eutrofização dos mesmos. A eutrofização é um dos estados da sucessão natural dos ecossistemas de lago, sendo assim um processo natural que leva várias dezenas de anos para estabelecer-se. Com o passar do tempo, os nutrientes vão se acumulando dentro do ecossistema, gerando crescimento nas populações de fitoplâncton, originando os blooms de algas (Moraes, 2002). No entanto, o que se tem visto atualmente é uma aceleração drástica neste processo que chega a ocorrer em apenas uma década devido à ação antrópica. Os efeitos são desastrosos: a diminuição progressiva da concentração de oxigênio dissolvido na água devido ao desenvolvimento exagerado das algas microscópicas e ao aumento extraordinário da decomposição, o que pode conduzir à morte em massa de peixes e outros seres do ecossistema (Marques, 2002).
           Os agrotóxicos amplamente aplicados nas lavouras e que acabam por serem carreados para os rios têm efeito de bio-acumulação na cadeia alimentar. Sabe-se que o Brasil consome 3,2 kg/ha de agrotóxicos por ano (SINDAG, 2006).
          Um outro problema gerado pela atividade agrícola é a salinização dos solos devido à irrigação excessiva, dificultando o processo de osmose dos vegetais na absorção de água e nutrientes.(Ottoni,1999).
         Os resíduos gerados na atividade industrial, quando atingem os rios causam a poluição por metais pesados e outros produtos tóxicos.  Estes elementos geram efeito de bioacumulação dentro da cadeia alimentar, com efeitos deletérios ao sistema nervoso e riscos gerais de intoxicação (Ottoni, 1999). Um dos casos mais graves é a contaminação por Mercúrio (Hg), resíduo das indústrias e do garimpo de ouro. Este elemento apresenta também efeito acumulativo, é lipossolúvel, neurotóxico, inibe a síntese proteica e atividade enzimática. A decomposição anaeróbica dos rejeitos humanos leva a uma diminuição do ph da água e um conseqüente aumento na solubilização dos metais, aumentando os riscos de intoxicação (Ottoni, 1999).
            Não apenas os cursos d’água estão sofrendo contaminação, mas também a água atmosférica. As indústrias e automóveis liberam grandes quantidades de óxidos de nitrogênio, carbono e enxofre na atmosfera o que gera, em composição com a umidade do ar, a formação de ácidos. A precipitação deste material danifica o solo e a vegetação, bem como gera a acidificação de rios, podendo gerar a mortandade de peixes (Ottoni, 1999).
           Na cidade de Ribeirão Preto, 99,9% da população é servida de água encanada  segundo dados do Daerp. Toda a água distribuída pelo Daerp provém do aqüífero Guaraní, sendo retirada por 103 poços artesianos, que captam 14.050 m3 de água por hora. A esta água adiciona-se cloro e flúor após sua retirada dos poços, sendo então conduzida aos reservatórios de onde será distribuída para a população (Daerp).
          O aqüífero Guaraní , que abastece Ribeirão Preto, abastece também outras regiões do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. É totalmente descontínuo, apresentando várias compartimentações e  áreas com água de péssima qualidade, variando de salobras a salgadas. As regiões de recarga do aqüífero apresentam infiltração natural. Em ribeirão Preto, a região de recarga situa-se na microbacia do Córrego do Espraiado, com 4.131 há de extensão. Nesta região predomina o cultivo de cana-de-açúcar de forma intensiva, utilizando grande quantidade de insumos, o que gera riscos de contaminação do aqüífero. Sabe-se que o uso contínuo de grade pesada, a circulação de máquinas e veículos no interior dos canaviais e o preparo do solo sob condições inadequadas promovem a formação de camadas superficiais muito compactadas que restringem fortemente a infiltração da água no solo e contribuem para o aumento da intensidade e abrangência dos processos erosivos (Hamada, 2006).
           Em Ribeirão Preto, a coleta de esgoto atende a 98% dos moradores. Até o ano de 2000, apenas 2% do esgoto do município era tratado nas duas lagoas de tratamento de Bonfim Paulista. O restante era lançado in natura no Rio Pardo. Em outubro de 2000, entrou em funcionamento a Estação de Tratamento de Esgotos Caiçara, atendendo cerca de 14% da população urbana.  A Estação de Tratamento de Esgotos Ribeirão Preto já pronta, tem capacidade para tratar os 84% restantes do esgoto coletado na cidade (Daerp).
Segundo a ONU (2007) até 2025, se os atuais padrões de consumo se mantiverem, duas em cada três pessoas no mundo vão sofrer escassez moderada ou grave de água.

 Referências Bibliográficas:
- Agenda 21. Proteção da qualidade e do abastecimento dos recursos hídricos: aplicação de critérios integrados no desenvolvimento, manejo e uso dos recursos hídricos. Água em Rev: Suplemento das Águas; 1996. p.14-33.
- Boavida, M. J. L. Problemas de qualidade da água: eutroficação e poluição. (2001) Biologias ,1. Lisboa. http://www.ordembiologos/Biologias/N1.html
- Bruni, J. C., (1993) A água e a vida. Revista de Sociologia, USP. São Paulo. 5: 53- 65.
- Gandolfo, M. A.; Sauer, A. V.; Jesus, F. T. e Afonso, M. Demanda de água atual e futura nas aplicações de agroquímicos.
- Hamada, E. et al. Aptidão agrícola na área de recarga do Aquífero Guaraní: Caso da Bacia Hidrográfica do Córrego do Espraiado, Ribeirão Preto – SP. (2006) Engenharia Ambiental – Espírito Santo do Pinhal, v. 3, n. 1, p 62 – 71
- Machado, J.L.F., A verdadeira face do aquífero Guarani: mitos e fatos. II Simpósio de Hidrogeologia do Sudeste.
- Moraes, D. S. L. e Jordão B. Q., Degradação de recursos hídricos e seus efeitos sobre a saúde humana. (2002). Ver. Saúde Públicav. 36, n3, p 370 – 374.
- Ottoni, A. B. A importância da preservação dos mananciais de água para a saúde e sobrevivência do ser humano. (1999) 20º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. V-003
- http://www.agua.bio.br/
- http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/9/docs/agrotoxicos_-_aspectos_juridicos.pdf
- http://www.amaranthus.esalq.usp.br/prob_agrotox.htm
- http://www.mundovestibular.com.br/articles/4677/1/TSUNAMIS/Paacutegina1.html
- http://www.daerp.com.br
TEMA GERADOR: ÁGUA E PROBLEMAS AMBIENTAIS LOCAIS

AQUÍFERO GUARANI
                       O município de Ribeirão Preto localiza-se na porção nordeste do Estado de São Paulo, possui aproximadamente 612.339 habitantes e uma área total de 651 km² (IBGE, 2011).
            A Rodovia Anhanguera (SP 330) é a principal via de acesso ao município, que dista cerca de 320 km da cidade de São Paulo. O município limita-se a sul com Guatapará, a sudeste com Cravinhos, a norte com Jardinópolis, a leste com Serrana, a oeste com Dumont, a noroeste com Sertãozinho e a nordeste com Brodósqui.
            Ribeirão Preto é tipicamente urbano e suas principais atividades estão centradas no comércio e na prestação de serviços, além de importantes centros universitários e de pesquisa. A agricultura ganha um papel de destaque na região como um todo, sendo a principal atividade econômica em uma série de municípios vizinhos. A principal cultura é a cana- de- açúcar, que se constitui em, praticamente, uma monocultura na região.
            O clima típico é tropical úmido, caracterizado pelo verão chuvoso e pelo inverno seco, onde no verão, a temperatura média mensal é de ~25°C e umidade relativa do ar de ~80%. Já o inverno apresenta uma temperatura média mensal de ~19°C e umidade relativa do ar de ~60% (DAEE, 2006).
            O município está situado como um divisor de águas de duas grandes bacias hidrográficas, a Bacia do Rio Pardo ao norte e a Bacia do Rio Mogi-Guaçu ao sul.
A Bacia do rio Pardo tem uma área de afloramento de 1.327 km2, da qual 10% se localiza no município de Ribeirão Preto (137 km2, ou 21% da área total do município).

            Geologicamente, a cidade é composta por rochas magmáticas e sedimentares pertencentes ao Grupo São Bento, ou seja, formações Serra Geral e Botucatu (Sinelli, 1970).
            No Jurássico, ocorreu o predomínio de um ambiente tipicamente desértico, onde sedimentaram arenitos com boa seleção e grande estratificação cruzada que constituem a formação Botucatu. No Cretáceo, extensos  processos tectônicos desencadearam o extravasamento de lavas basálticas da Formação Serra Geral. Ainda, encontram-se sedimentos aluvionares recentes ao longo das principais drenagens (Sinelli, 1970).
            O abastecimento público de água em Ribeirão Preto é totalmente dependente da exploração do Aquífero Guarani e por este motivo, a proteção da água subterrânea é uma preocupação constante (1).
            A partir da década de 1960, o uso de água se intensificou no município. O número de poços saltou de 10 para 45 no ano de 1970, e, no início do século XXI é de aproximadamente 400. O responsável pelo abastecimento público municipal é o Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto-DAERP que possui 193 poços, dos quais 97 estão em funcionamento. As águas subterrâneas são a única fonte utilizada para abastecer a área urbana. Embora sua importância seja inegável, foram poucas as medidas de gestão adotadas para promover um uso racional do recurso(2).
            Esse aqüífero é o responsável por fornecer água de qualidade aos habitantes e sustentar os processos produtivos que se desenvolvem no município. A permanente expansão da ocupação humana, seguida de instalações materiais gera municípios insaciáveis por água. Para saciar a sede dos seres humanos, animais, irrigação, limpeza pública, lazer, indústria promove-se um consumo cada vez mais insustentável (2).
                         O aqüífero Guarani é talvez o maior manancial transfronteiriço de água doce subterrânea no planeta, estendendo-se desde a Bacia Sedimentar do Paraná até a Bacia do Chaco-Paraná. Está localizado no centro-leste da América do Sul, subjacente a quatro países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Tem extensão total aproximada de 1,2 milhões de km², sendo 840 mil km² no Brasil. No Brasil, o Aquífero ocorre nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Goiás, Minas Gerais e Santa Catarina.  As zonas de afloramento constituem cerca de 12,8% da superfície total do aquífero, ou seja, 153.000km² (Neta et al., 2007). A população atual do domínio de ocorrência do aqüífero é estimada em 15 milhões de habitantes, sendo que, atualmente, várias cidades de médio e grande porte são total ou parcialmente abastecidas pelo Aqüífero Guarani, como é o caso de Ribeirão Preto (3, Neta et al., 2007).
Entre as vantagens comparativas que se têm do uso de águas subterrêneas em relação ao uso de águas superficiais destacam-se: qualidade natural, maior proteção à contaminação e quantidade assegurada ao longo do tempo. Além do que o abastecimento por águas subterrâneas pode ser desenvolvido por etapas, de acordo com as demandas e recursos financeiros disponíveis (CETESB, 1998 apud Monteiro, 2003), porém deve-se considerar os aspectos de gestão deste recurso.
            A busca por água na região de Ribeirão Preto, aliada à falta de uma política de gestão, gerou um rebaixamento dos níveis dinâmicos do aqüífero Guarani na porção urbana de aproximadamente 60 metros. A exploração hídrica atualmente é de 95.700.000 m3, treze vezes superior à recarga da chuva. Ainda que o meio técnico-acadêmico tenha alertado para o risco de superexploração, não se buscaram fontes alternativas de abastecimento. Mesmo que o Rio Pardo e os seus tributários cortem o território municipal, não houve a preocupação em revitalizar tais rios. Tampouco se incentivou o uso eficiente da água, a diminuição das perdas no sistema de abastecimento e o uso racional de água por parte da população que consome uma media de 348 l/hab/dia, quando a media nacional é de 200 l/hab/dia (Perticarrari, 2003).
O Aquífero, praticamente um desconhecido até o início da década de 70, sofre hoje sérios problemas de sobrexplotação localizada, com mais de 2000 poços nas bordas da bacia e centenas de outros poços nas partes centrais desta, além da contaminação por produtos químicos, rejeitos industriais, agrotóxicos, e necrochorume a partir das bordas em áreas urbanizadas, que poderão comprometer o aquífero (Monteiro, 2003).
                          Os recursos hídricos subterrâneos estão comprometidos nos aspectos quantitativo e qualitativo graças ao dinamismo econômico do município, baseado numa gama de atividades impactantes muito variada. A situação se agrava diante da existência de áreas de recarga, naturalmente mais vulneráveis à poluição.
Gomes et al., 2006b em seu trabalho, dividiram as áreas de recarga na porção brasileira do aquífero Guarani em oito Domínios Pedomorfoagroclimáticos. O Domínio Pedomorfoagroclimático das áreas de recarga do Aqüífero Guarani no Estado de São Paulo abrange uma área de cerca de 16.000 km2, ocupando uma faixa de norte a sul do estado localizada na porção Centro-Oeste, e foi subdividido em três faixas de recargas, devido às diferenças quanto ao tipo de cultura. Ribeirão Preto está na faixa Centro-norte, juntamente com os municípios Franca, Batatais, Brodosqui, Altinópolis, Cajuru, Serrana, Cravinhos, São Simão e Luís Antônio, predominando o cultivo de cana-de-açúcar na região.
 As áreas de recarga direta ou de afloramento do Sistema Aqüífero Guarani têm se mostrado bastante expostas ao risco de degradação, seja por agrotóxicos, seja por processos erosivos, principalmente pelo avanço das atividades agrícolas sobre elas, sem muito critério em relação à capacidade de uso das mesmas. Esse cenário, comum no Brasil, aliado à alta vulnerabilidade natural das áreas de recarga do aqüífero em questão, colocam-nas em situação de alta exposição ao risco de contaminação do lençol freático como também favorece a formação de ravinas e voçorocas, principalmente como conseqüência de práticas agrícolas inadequadas.(Gomes et al., 2006a)
A atividade agrícola tradicional requer quantidade considerável de agrotóxicos, sejam eles herbicidas, inseticidas, fungicidas, nematicidas, acaricidas ou formicidas. Todavia, o uso desses produtos necessita de uma orientação adequada, na qual devem ser observadas suas principais características físico-químicas e as características físicas, químicas e biológicas do solo em que serão aplicados. (Gomes et al., 2006a)
Os  Latossolos Vermelhos Distróficos psamíticos e Neossolos Quartzarênicos (representativos das áreas de recarga do Aqüífero Guarani) exibem valores elevados de vulnerabilidade. Isto significa que quando expostos a determinada carga potencialmente contaminante como agrotóxicos, por exemplo, podem oferecer algum risco de contaminação para o aqüífero ou para o lençol freático (Gomes et al., 2002).
O herbicida tebutiuron é usado intensivamente na cultura de cana-de-açúcar em área de recarga do aqüífero Guarani e exibe alto potencial de lixiviação (Gomes et al., 2002). A microbacia do córrego do Espraiado na região de Ribeirão Preto,SP, por localizar-se em área representativa do monocultivo de cana-de-açúcar,  possui porções consideradas frágeis do ponto de vista do risco de contaminação da água subterrânea, reconhecidas como áreas de recarga do aqüífero Guarani. Esta microbacia possui uma área de 4.640 ha e se situa à sudeste da cidade de Ribeirão Preto, SP, na divisa entre os municípios de Ribeirão Preto, Cravinhos e Serrana (EMBRAPA, 1999a apud Gomes et al., 2006a).
Os solos representativos das áreas de recarga do aquífero Guarani localizadas na microbacia do córrego do Espraiado em Ribeirão Preto, são o Latossolo Vermelho Distrófico psamítico (LVdq) de textura média e o Neossolo Quartzarênico Órtico (RQo) (EMBRAPA, 1999b apud Gomes et al., 2006a). O tebutiuron aplicado no Neossolo Quartzarênico e no Latossolo Vermelho Distrófico psamítico apresentou boa lixiviação, sendo que o seu potencial de lixiviação no primeiro é cerca de 6,7 vezes maior em relação ao segundo solo. Ainda como forma de reforçar o comportamento do tebutiuron em solos arenosos, o trabalho desenvolvido por Gomes et al. (2001) mostrou sua presença na água subterrânea da microbacia do córrego do Espraiado, em um poço tubular de cerca de 53 m de profundidade, durante o período de 1995 a 1999. Embora as concentrações encontradas tenham sido baixas, o fato é que o referido produto esteve presente em todas as amostras analisadas, bimestralmente, no período mencionado, com valores variando de 0,04 a 0,08 μg L-1 (Gomes et al, 2006a).
                          Uma nova filosofia de trabalho, cujo princípio está direcionado para a adoção das chamadas Boas Práticas Agrícolas - BPA’s, em consonância com uma proposta de Ordenamento Agroambiental – distribuição das diversas atividades agrícolas no espaço (no caso a área de afloramento e de recarga), considerando aspectos sociais, econômicos e ambientais locais seria uma das soluões aos problemas relacionados ao aquífero e sua contaminação. Isto significa uma postura de adoção de medidas preventivas, com visão de sustentabilidade para essas áreas.

             Referências Bibliográficas:
·        - BORGHETTI, N.; BORGHETTI, J. R. & ROSA, E. F. F. Aqüífero Guarani-A verdadeira integração dos países do Mercosul. Curitiba: Imprensa Oficial, 2004.
·        - Gomes, M. A. F.; Spadotto, C. A. & Pessoa, M. C. P. Y. Avaliação da vulnerabilidade natural do solo em áreas agrícolas: subsídio à avaliação do risco de contaminação do lençol freático por agroquímicos.    Pesticidas: Revista Ecotoxicologia e Meio Ambiente, Curitiba. V. 12, p. 169 – 179. 2002
·        - Gomes, M. A. F.; Spadotto, C. A.; Pereira, A. S.; Matallo, M. B. & Luchini, L. C. Movimento do herbicida tebutiuron em dois solos representativos das áreas de recarga do Aqüífero Guaraní. Revista Brasileira de Engenharia Ambiental. V. 10, n. 2, p. 479 – 483. 2006 a.
·        - Gomes, M. A. F., Filizola, H. F. & Spadotto, C. A. Classificação das áreas de recarga do Sistema AqÜífero Guaraní no Brasil em Domínios Pedomorfoagroclimáticos – Subsídio aos estudos de avaliação de risco de contaminação das águas subterrâneas. Revista do Departamento de Geografia, Embrapa, 18 (67 – 74). 2006b.
·        - Monteiro, R. C.; Estimativa espaço-temporal da superfície potenciométrica do Sistema Aqüífero Guaraní na cidade de Ribeirão Preto (SP), Brasil. Tese (Doutorado) – Instituto de Geociências, Unesp, Rio Claro, 2003.
·        - Neta, M. A. P. B.; Migliorini, R. B. & Duarte, U. Aqüífero Guaraní: educação ambiental para a sua preservação na região do Planalto dos Guimarães. Cuiabá, MT: Entrelinhas, 2007.
·        - SINELLI, O. Geologia e água subterrânea no município de Ribeirão Preto e adjacências. Ribeirão Preto, 1970.116 p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.
·        - PERTICARRARI, C. Plano de bacia do Rio Pardo. In: DAEE/IG. (org.). Memória seminário aqüífero Guarani. Anais. Ribeirão Preto: DAEE, 2003, p. 90-95.
·        - DAEE – DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA – Disponível em: http://www.sigrh.sp.gov.br. 2011.
·      - http://drifte.rc.unesp.br/revistageociencias/28_1/Art%2006_Fabiano.pdf


           Referências citadas no texto:
·         (1) http://www.igeologico.sp.gov.br/ler_noticia.asp?id=109
·         (2) http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718-34022009000200003&lang=pt
·         (3)http://www.uniagua.org.br/public_html/website/default.asp?tp=3&pag=aquifero.htm

Aquífero Guarani – envenenando a fonte
      Ribeirão Preto e a água:

            O município de Ribeirão Preto, uma das cidades que está sobre o Aquífero Guarani, localiza-se na porção nordeste do Estado de São Paulo, possui aproximadamente 612.339 habitantes e uma área total de 651 km² (IBGE, 2011).
                A Rodovia Anhanguera (SP 330) é a principal via de acesso ao município, que dista cerca de 320 km da cidade de São Paulo. O município limita-se a sul com Guatapará, a sudeste com Cravinhos, a norte com Jardinópolis, a leste com Serrana, a oeste com Dumont, a noroeste com Sertãozinho e a nordeste com Brodósqui.
                Ribeirão Preto é tipicamente urbano e suas principais atividades estão centradas no comércio e na prestação de serviços, além de importantes centros universitários e de pesquisa. A agricultura ganha um papel de destaque na região como um todo, sendo a principal atividade econômica em uma série de municípios vizinhos. A principal cultura é a cana- de- açúcar, que se constitui em, praticamente, uma monocultura na região.
                O clima típico é tropical úmido, caracterizado pelo verão chuvoso e pelo inverno seco, onde no verão, a temperatura média mensal é de ~25°C e umidade relativa do ar de ~80%. Já o inverno apresenta uma temperatura média mensal de ~19°C e umidade relativa do ar de ~60% (DAEE, 2006).
                O município está situado como um divisor de águas de duas grandes bacias hidrográficas, a Bacia do Rio Pardo ao norte e a Bacia do Rio Mogi-Guaçu ao sul.
A Bacia do rio Pardo tem uma área de afloramento de 1.327 km2, da qual 10% se localiza no município de Ribeirão Preto (137 km2, ou 21% da área total do município).

            Geologicamente, a cidade é composta por rochas magmáticas e sedimentares pertencentes ao Grupo São Bento, ou seja, formações Serra Geral e Botucatu (Sinelli, 1970).
           
O abastecimento público de água em Ribeirão Preto é totalmente dependente da exploração do Aquífero Guarani e por este motivo, a proteção da água subterrânea é uma preocupação constante (2). A partir da década de 1960, o uso de água se intensificou no município. O número de poços saltou de 10 para 45 no ano de 1970, e, no início do século XXI é de aproximadamente 400. O responsável pelo abastecimento público municipal é o Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto-DAERP que possui 193 poços, dos quais 97 estão em funcionamento. Embora a importância do aqüífero para o abastecimento da cidade seja inegável, foram poucas as medidas de gestão adotadas para promover um uso racional do recurso(3).
               A permanente expansão da ocupação humana, seguida de instalações materiais gera municípios insaciáveis por água. Para saciar a sede dos seres humanos, animais, irrigação, limpeza pública, lazer, indústria promove-se um consumo cada vez mais insustentável (3).
               
Entre as vantagens comparativas que se têm do uso de águas subterrêneas em relação ao uso de águas superficiais destacam-se: qualidade natural, maior proteção à contaminação e quantidade assegurada ao longo do tempo. Além do que o abastecimento por águas subterrâneas pode ser desenvolvido por etapas, de acordo com as demandas e recursos financeiros disponíveis (CETESB, 1998 apud Monteiro, 2003), porém deve-se considerar os aspectos de gestão deste recurso.
        A busca por água na região de Ribeirão Preto, aliada à falta de uma política de gestão, gerou um rebaixamento dos níveis dinâmicos do aqüífero Guarani na porção urbana de aproximadamente 60 metros. A exploração hídrica atualmente é de 95.700.000 m3, treze vezes superior à recarga da chuva. Ainda que o meio técnico-acadêmico tenha alertado para o risco de superexploração, não se buscaram fontes alternativas de abastecimento. Mesmo que o Rio Pardo e os seus tributários cortem o território municipal, não houve a preocupação em revitalizar tais rios. Tampouco se incentivou o uso eficiente da água, a diminuição das perdas no sistema de abastecimento, o uso racional de água por parte da população que consome uma media de 348 l/hab/dia, quando a media nacional é de 200 l/hab/dia (Perticarrari, 2003) e principalmente o controle do uso para irrigação das grandes monoculturas de cana-de-açúcar.
O Aquífero, praticamente um desconhecido até o início da década de 70, sofre hoje sérios problemas de sobrexplotação localizada, com mais de 2000 poços nas bordas da bacia e centenas de outros poços nas partes centrais desta.    
        
Mas de onde vem essa água, afinal?

Ciclo hidrológico

A água pode ser encontrada no planeta em três estados físicos: sólido, líquido e gasoso. Durante o processo que chamamos de “Ciclo da água” ou “Ciclo hidrológico” (figura 1) ela passa pelos estados líquido e gasoso de forma que vai sempre se renovando à cada ciclo completo, permanecendo assim com sua quantidade constante. Em alguns lugares muito frios do planeta ela pode ser encontrada em estado sólido (ex.: geleiras na Antártida), ou ainda, se solidificar ao cair na forma de chuva ou neve (pequenos flocos de água solidificada) como, por exemplo, no pico de montanhas que permanecem congelados durante o inverno e derretem parcialmente no verão dando origem a rios (Faria, 2006).
Figura 1: Ciclo hidrológico.

            Quando a terra estava se formando a superfície do planeta era muito quente e toda a água existente estava na forma de vapor. Pode - se dizer então, que o ciclo da água começou com um processo chamado de condensação: a passagem do estado gasoso para o estado líquido. Nesse caso, a água se condensou devido à diminuição de temperatura ocorrida na superfície do planeta, que possibilitou que o vapor de água passasse para o estado líquido. Hoje, isso acontece quando o vapor de água chega a certa altura, pois a temperatura cai e a água se condensa, passando para o estado líquido em pequenas gotículas que vão se juntando e movimentando por causa da ação dos ventos e das correntes atmosféricas e formando as nuvens. E por fim, elas caem na forma de chuva (precipitação) (Faria, 2006).
            Ao cair a água escorre para os rios, mares, oceanos e lagos ou infiltra para lençóis subterrâneos. Então ela fica novamente exposta à ação do sol que a esquenta transformando-a novamente através do processo de evaporação: passagem do estado líquido para o gasoso (Faria, 2006).
            Pode acontecer também da água da chuva ser absorvida pelas plantas. Nesse caso ela irá evaporar por um processo conhecido como
evapotranspiração
: transpiração + evaporação. A água, sendo um elemento vital para todos os seres vivos, também é ingerida por animais , fungos, sendo depois devolvidas ao ciclo através da transpiração, urina ou excrementos.
            Todos esses processos ocorrem de forma natural há muitos milhares de anos garantindo a distribuição da água por todo o globo. Mas esse processo vem sofrendo intervenções negativas pela ação do homem.

           O Aquífero Guarani
            O aqüífero Guarani é um exemplo de depósito de água subterrâneo, cuja água é proveniente das precipitações. É talvez o maior manancial transfronteiriço de água doce subterrânea no planeta, estendendo-se desde a Bacia Sedimentar do Paraná até a Bacia do Chaco-Paraná. Está localizado no centro-leste da América do Sul, subjacente a quatro países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai (figura 2). Tem extensão total aproximada de 1,2 milhões de km², sendo 840 mil km² no Brasil. No Brasil, o Aquífero ocorre nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Goiás, Minas Gerais e Santa Catarina.  As zonas de afloramento constituem cerca de 12,8% da superfície total do aquífero, ou seja, 153.000km² (Neta et al., 2007). No estado de São Paulo o aquífero alcança 155.800 km2, e dos seus 645 municípios, 72% são abastecidos toatal ou parcialmente por água subterrânea e 47% são totalmente abastecidos por ela.
               
                A espessura total do aqüífero varia de valores superiores a 800 metros até a ausência completa de espessura em áreas internas da bacia. Considerando uma espessura média aqüífera de 250 metros e porosidade efetiva de 15%, estima-se que as reservas permanentes do aqüífero (água acumulada ao longo do tempo) sejam da ordem de 45.000 Km³ (1).



Figura 2: Área de abrangência do Aquífero Guarani.

                  O termo Guarani foi cunhado em homenagem à memória da Nação Guarani que opupava parte dos países onde se encontra o aquífero e também para unificar, sob o ponto de visto hidrogeológico, uma terminologia relativa aos extratos do Triássico (Formações Pirambóia e Rosário do Sul, no Brasil , e Buena Vista, no Uruguai) e do Jurássico (Formações Botucatu, no Brasil, Missiones no Paraguai e Tucuarembó no Uruguai e na Argentina (Rosa Filho et al., 2003 apud Hamada et al., 2006).
O início da formação do Guarani se deu na Era Mesozóica, há cerca de 200 milhões de anos, quando um imenso deserto cobria parte da América do Sul, que formava, juntamente com a África, um único continente. A ação dos ventos favoreceu o transporte e a sedimentação da areia em imensas dunas, formando um pacote sedimentar, o arenito, com grãos arredondados que propiciam uma formação porosa com muitos espaços comunicantes entre si. Há cerca de 130 milhões de anos, a região foi cobertas por lavas vulcânicas saídas de fendas quilométricas, resultantes da separação entre a América do Sul e a África. As lavas vulcânicas cobriram o arenito e funciona como uma capa protetora sobre quase toda sua extenção (Rocha Filho et al., 2003 apud Hamada et al., 2006).
         O aqüífero se encontra confinado em 90% de sua área, onde há o afloramento do pacote basáltico. Nestas regiões e regarga se dá de forma indireta e a água infiltra através de descontinuidades no pacote basáltico, sendo uma região vulnerável à contaminação do aqüífero. Em 10% de sua área, ao longo de sua borda, aflora o pacote arenoso, formando a área de recarga direta, devido à alta permeabilidade do solo (figura 3) (Hamada et al., 2006).

Figura 3: Área de abrangência do Aqüífero Guarani. Modificado de CAS/SRH/MMA (2001) por Boscardin Borghetti et al., 2004 e Hamada et al., 2006

Gomes et al., 2006b em seu trabalho, dividiram as áreas de recarga na porção brasileira do aquífero Guarani em oito Domínios Pedomorfoagroclimáticos. O Domínio Pedomorfoagroclimático das áreas de recarga do Aqüífero Guarani no Estado de São Paulo, o Domínio Planalto Médio Paulista (figura 4) abrange uma área de cerca de 16.000 km2, ocupando uma faixa de norte a sul do estado localizada na porção Centro-Oeste, e foi subdividido em três faixas de recargas, devido às diferenças quanto ao tipo de cultura. Ribeirão Preto está na faixa Centro-norte, juntamente com os municípios Franca, Batatais, Brodosqui, Altinópolis, Cajuru, Serrana, Cravinhos, São Simão e Luís Antônio, predominando o cultivo de cana-de-açúcar na região. 
Figura 4: Domínios pedomorfoagroclimáticos das áreas de recarga do Aquífero Guarani no território brasileiro. Retirado de Gomes et al. (2006).

 As áreas de recarga direta ou de afloramento do Sistema Aqüífero Guarani têm se mostrado bastante expostas ao risco de contaminação por produtos químicos, rejeitos industriais, lixões e necrochorume a partir das bordas em áreas urbanizadas, e por agrotóxicos e fertilizantes químicos, além de erosão do solo com formação de ravinas e voçorocas na área rural. (Monteiro, 2003; Gomes et al., 2006).
O uso do solo no Brasil tem ocorrido em desacordo com sua aptidão e aspectos agroclimáticos, resultando em ambientes agrícolas pouco produtivos e desequilibrados, bem como a ocupação de áreas ambientalmente frágeis, como é o caso das áreas de recarga do Aquífero guarani, (Gomes et al., 2006a).  Essas áreas têm se mostrado bastante expostas ao risco de contaminação por produtos químicos, rejeitos industriais, lixões e necrochorume a partir das bordas em áreas urbanizadas, e por agrotóxicos e fertilizantes químicos, além de erosão do solo com formação de ravinas e voçorocas na área rural. (Monteiro, 2003; Gomes et al., 2006).
  A atividade agrícola tradicional requer quantidade considerável de agrotóxicos, sejam eles herbicidas, inseticidas, fungicidas, nematicidas, acaricidas ou formicidas. Todavia, o uso desses produtos necessita de uma orientação adequada, na qual devem ser observadas suas principais características físico-químicas e as características físicas, químicas e biológicas do solo em que serão aplicados. (Gomes et al., 2006a)
Os  Latossolos Vermelhos Distróficos psamíticos e Neossolos Quartzarênicos (representativos das áreas de recarga do Aqüífero Guarani) exibem valores elevados de vulnerabilidade. Isto significa que quando expostos a determinada carga potencialmente contaminante como agrotóxicos, por exemplo, podem oferecer algum risco de contaminação para o aqüífero ou para o lençol freático (Gomes et al., 2002).
O herbicida tebutiuron é usado intensivamente na cultura de cana-de-açúcar e exibe alto potencial de lixiviação (Gomes et al., 2002). A microbacia do córrego do Espraiado possui uma área de 4.640 ha e se situa à sudeste da cidade de Ribeirão Preto, SP, na divisa entre os municípios de Ribeirão Preto, Cravinhos e Serrana (EMBRAPA, 1999a apud Gomes et al., 2006a). Esta microbacia localiza-se em área representativa do monocultivo de cana-de-açúcar e  possui porções consideradas frágeis do ponto de vista do risco de contaminação da água subterrânea, reconhecidas como áreas de recarga do aqüífero Guarani. Ela tem sido bastante estudada, principalmente por pesquisadores da Embrapa, e por este motivo a utilizaremos como referência no nosso trabalho.
                   Os solos representativos das áreas de recarga do aquífero na microbacia do Córrego do Espraiado, são o Latossolo Vermelho Distrófico psamítico (LVdq) de textura média e o Neossolo Quartzarênico Órtico (RQo) (EMBRAPA, 1999b apud Gomes et al., 2006a). O tebutiuron aplicado no Neossolo Quartzarênico e no Latossolo Vermelho Distrófico psamítico apresenta alta lixiviação, sendo que o seu potencial de lixiviação no primeiro é cerca de 6,7 vezes maior em relação ao segundo solo (Gomes et al., 2006a). O Projeto “Ribeirão”, desenvolvido entre os anos de 1995 a 1999 utilizou um poço semiartesiano em área de recarga na microbacia como ponto de amostragem. O estudo revelou a presença de agrotóxicos como tebutiuron, hexazinone e ametrina (elementos de alta mobilidade) em níveis crescentes de um ano para o outro na água subterrânea, bem como o aumento nos teores de nitrato.
As concentrações encontradas tiveram valores variando de 0,04 a 0,08 μg L-1 (figura 5). Este último valor foi registrado em janeiro de 1996 e é próximo do nível crítico para o padrão de potabilidade, adotado pela Diretiva da Comunidade Econômica Européia (DCEE) que é de 0,10 μg/L. Valor próximo ao crítico foi também registrado em janeiro de 1999 (figura 6) (Gomes et al, 2006a).

Figura 5: Retirada de (Gomes et al, 2006a).

O tebutiuron pode ser aplicado em qualquer época do ano, tanto no período chuvoso como no seco, porém concentra-se nos meses de outubro, novembro e dezembro  (período chuvoso) na microbacia estudada. Em janeiro de 1999 houve um processo de realimentação do aqüífero (alto índice de precipitação no período) (figura 6), ocasionando o arraste das moléculas de tebutiuron em concentração expressiva, neutralizando o efeito diluidor da água (agente condutor da molécula até a zona saturada do aqüífero). Os maiores valores de concentração residual de tebutiuron na água subterrânea nos meses chuvosos podem ser indicativos de que: (a) a lixiviação é muito intensa e imediata ou (b) a degradação diminui drasticamente em profundidade no solo. O primeiro ponto pode ser baseado na grande condutividade hidráulica do solo estudado. Além disso, a profundidade do topo do aqüífero varia sazonalmente de acordo com a quantidade de chuva, alterando a condutividade hidráulica nas camadas profundas do solo, sendo maior em condições saturadas que em condições insaturadas. O outro ponto levantado pode ter respaldo no fato de que o tebutiuron sofre degradação microbiana e química. O tebutiuron é persistente em solos, sendo esperado que sua meia-vida seja ainda mais longa em regiões e/ou épocas secas (WSSA, 1994 apud Gomes et al, 2006a). Também é conhecido que a capacidade de retenção (sorção) do herbicida é baixa já nas camadas superficiais do solo na área estudada devido ao baixo teor de matéria orgânica, característico nos Neossolos Quartzarênicos (Gomes et al, 2006a).
                               Figura 6: Retirada de (Gomes et al, 2006a).
                    O estudo da vulnerabilidade do solo combinando o potencial de escoamento e infiltração da água nas áreas de recarga do aqüífero na microbacia do Córrego do Espraiado resultou na elaboração de um mapa da região com a estimativa de vulnerabilidade das áreas (figura 7) (Gomes et al., 2002).  A vulnerabilidade alta do solo indica alto potencial de infiltração de água no solo, sendo favorável à contaminação do lençol freático. Já a vulnerabilidade baixa do solo indica baixo potencial de infiltração, mas grande escoamento superficial o que favorece a contaminação dos cursos d’água. No entanto, sabe-se que a água dos cursos d’água também infiltra no solo, podendo chegar ao aqüífero.
       Figura 7: Potencial de infiltração, potencial de escoamento da água no solo e estimativa de vulnerabilidade – Microbacia do Córrego do Espraiado – Ribeirão Preto/SP. Modificada de Gomes et al. (2002).
        Contaminação da população: 

         Acresce-se à fragilidade que a área de recarga apresenta, o aumento na demanda por água e o alto custo de tratamento das águas superficiais para consumo humano e a tendência a se escassear.
            Seguindo o ciclo Hidrológico, ou seja, ditando o caminho que a água percorre em Ribeirão Preto, temos que a água subterrânea é contaminada pelos agrotóxicos utilizados na cada – de – açúcar através da precipitação que leva para o subsolo água com produtos químicos nocivos a saúde. Essa água se acumula no Aquífero Guarani através das áreas de recarga. Com a abertura de poços, essa água do Aquífero é utilizada para o abastecimento da cidade de Ribeirão Preto (usos industrial, doméstico, agrícola novamente...). E por fim o agrotóxico que está na água, se dirige para o consumo populacional, recebendo apenas um tratamento com Flúor que não é suficiente para purificá-la. E no organismo pode se acumular fazendo muito mal à saúde.
            Problemas relatados quanto às decorrentes e freqüentes exposições a agrotóxicos são: inflamação do sistema nervoso periférico; irritações na mucosa e na pele; distúrbios oftalmológicos; distúrbios no aparelho reprodutivo e hormonais; intoxicações crônicas; aparecimento de carcinogênese (produção do câncer) e teratogênese (alterações do desenvolvimento embrionário e fetal, incluindo alterações sutis como as bioquímicas, comportamentais e até monstruosidades).

 
            Caminhando para a solução:
Para solucionar um problema ambiental tão grave e amplamente distribuído geograficamente, faz-se necessária uma intervenção imediata do poder público no sentido de proibir o uso de agrotóxicos e adubos químicos nas áreas de recarga do Aquífero, para que cesse a contaminação cumulativa por estes agentes.
No entanto, mesmo cessando a aplicação destes insumos, o processo de contaminação do aqüífero persiste, uma vez que muitos agrotóxicos têm uma meia-vida longa, como é o caso do tebuthiuron. O tebuthiuron, como já dito, apresenta degradação química e microbiana, além de ser retido na superfície do solo pela matéria orgânica (Gomes et al, Embrapa Meio Ambiente). Este fato nos leva a crer que o manejo orgânico ou agroecológico do solo é uma boa alternativa pois leva a um aumento da matéria orgânica no solo, mantendo uma maior parte deste agrotóxico retido nas camadas superficiais do solo. Estes tipos de manejo também levam ao aumento da diversidade e quantidade de vida no solo (principalmente o método agroflorestal), e assim, aumentando a atividade microbiana, seria acelerada também a degradação do tebuthiuron.
A transição de um modelo convencional de agricultura intensiva para um modelo mais harmônico de cultivo agroflorestal exige esforços e tempo. Em um primeiro momento, poderia ser substituída o manejo convencional da cana pela produção de cana-de-açúcar orgânica. Temos o exemplo da Usina São Francisco, no município de Sertãozinho (SP), que produz organicamente para atender ao mercado interno e externo. Em 1986, teve início na fazenda o projeto “Cana Verde”, que reduzia o uso de insumos no plantio. Em 1994, começou o plantio orgânico da cana. Hoje possuem 13,5 mil hectares plantados organicamente, e estudos recentes de pesquisadores da USP revelaram que a biodiversidade encontrada nesta fazenda, é quatro vezes maior que aquela de cultivos convencionais, apresentando ainda animais raros como onça-parda, jacaré-coroa, lobo-guará, jibóia, o que evidencia um sistema mais saudável. Para alcançarmos este objetivo seria necessário um trabalho formativo junto aos usineiros da região, evidenciando a gravidade do problema em questão, e através do poder público, criar leis que regulamentem a ocupação e uso do solo nesta região. Pode ainda ser elaborado um Plano Diretor para a área rural.
Porém, a monocultura, mesmo que orgânica não é a melhor alternativa para as áreas de recarga. Estes cultivos ainda se utilizam intensivamente de maquinário agrícola, o que causa a compactação do solo, formando os chamados pés-de-grade. Esta compactação, ao longo do tempo, diminui a permeabilidade do solo, e visto que a monocultura abrange grande área de recarga do Aquífero Guarani, seu reabastecimento pode ser comprometido.
A implantação de um sistema agroflorestal exige mão-de-obra, ou seja, mais pessoas trabalhando no campo. Para isto, vemos três alternativas. A primeira delas seria a contratação de funcionários pelos usineiros e um subseqüente trabalho de formação agroflorestal com estes trabalhadores. Uma segunda alternativa seria a venda destas áreas para pequenos proprietários que praticariam a agricultura familiar. Uma outra alternativa ainda seria a averiguação destas propriedades pelo INCRA, e, segundo seus critérios de ação, poderiam ser encaminhadas para a reforma agrária, o que já ocorreu com algumas propriedades na região. Os assentamentos Mário Lago (Ribeirão Preto, SP) e Sepé Tiaraju (Serrana, SP) já apresentam experiências bem sucedidas na implantação de sistemas agroflorestais, gerando um ambiente mais equilibrado e alimentos saudáveis para a população.
Nosso plano de ação para a solução do problema de contaminação das águas do Aquífero Guarani, seria em um primeiro momento, divulgar para a população em geral, o panorama e as implicações desta poluição através de panfletos, palestras, sites e blogs na internet. Seria necessário também, promover a formação de uma comissão ou coletivo, com a participação de representantes do meio acadêmico, estudantes, agricultores, poder público, ONGs e a sociedade em geral para discutir e elaborar de maneira conjunta e participativa os melhores caminhos para a solução deste problema que atinge toda a população de Ribeirão Preto e se repete, infelizmente, na maioria das áreas de recarga do Aquífero Guarani.
 
                     Referências Bibliográficas:

·         BORGHETTI, N.; BORGHETTI, J. R. & ROSA, E. F. F. Aqüífero Guarani - A verdadeira integração dos países do Mercosul. Curitiba: Imprensa Oficial, 2004.
·         FARIA, C. O ciclo hidrológico - http://www.infoescola.com/geografia/ciclo-hidrologico-ciclo-da-agua/
·         Gomes, M. A. F.; Spadotto, C. A. & Pessoa, M. C. P. Y. Avaliação da vulnerabilidade natural do solo em áreas agrícolas: subsídio à avaliação do risco de contaminação do lençol freático por agroquímicos. Pesticidas: Revista Ecotoxicologia e Meio Ambiente, Curitiba. V. 12, p. 169 – 179. 2002
·         Gomes, M. A. F.; Spadotto, C. A.; Pereira, A. S.; Matallo, M. B. & Luchini, L. C. Movimento do herbicida tebutiuron em dois solos representativos das áreas de recarga do Aqüífero Guaraní. Revista Brasileira de Engenharia Ambiental. V. 10, n. 2, p. 479 – 483. 2006 a.
·         Gomes, M. A. F., Filizola, H. F. & Spadotto, C. A. Classificação das áreas de recarga do Sistema AqÜífero Guaraní no Brasil em Domínios Pedomorfoagroclimáticos – Subsídio aos estudos de avaliação de risco de contaminação das águas subterrâneas. Revista do Departamento de Geografia, Embrapa, 18 (67 – 74). 2006b.
·         Monteiro, R. C.; Estimativa espaço-temporal da superfície potenciométrica do Sistema Aqüífero Guaraní na cidade de Ribeirão Preto (SP), Brasil. Tese (Doutorado) – Instituto de Geociências, Unesp, Rio Claro, 2003.
·         Neta, M. A. P. B.; Migliorini, R. B. & Duarte, U. Aqüífero Guaraní: educação ambiental para a sua preservação na região do Planalto dos Guimarães. Cuiabá, MT: Entrelinhas, 2007.
·         SINELLI, O. Geologia e água subterrânea no município de Ribeirão Preto e adjacências. Ribeirão Preto, 1970.116 p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.
·         PERTICARRARI, C. Plano de bacia do Rio Pardo. In: DAEE/IG. (org.). Memória seminário aqüífero Guarani. Anais. Ribeirão Preto: DAEE, 2003, p. 90-95.
·         DAEE – DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA – Disponível em: http://www.sigrh.sp.gov.br. 2011.
·         http://drifte.rc.unesp.br/revistageociencias/28_1/Art%2006_Fabiano.pdf
·         http://www.uniagua.org.br/public_html/website/default.asp?tp=3&pag=aquifero.htm
·         (1) http://www.daaeararaquara.com.br/guarani.htm
·         (2) http://www.igeologico.sp.gov.br/ler_noticia.asp?id=109

Agora galerinha, confiram as fotos de nossos pastinhas que contêm textos e imagens relacionados ao uso da água, ciclo hidrológico... Vejam também nosso hemeroteca, nossa sacolinha de pano e nosso apostilhinha que contém todo o percurso realizado, cujo qual vcs estão conferindo aqui...
Todos esses materiais compõe nosso Portifólio!













E o panfleto que segue abaixo foi nossa iniciativa como solução para nosso problema ambiental, uma vez que sabemos que não é algo simples de se pensar e se resolver, mas de mãos atadas é que este não terá solução!

E este é o desenho feito por Inaiá Villa Boas, cujo qual também utilizamos para desenvolver o portifólio, seguindo o ciclo da água!